top of page

Padrão da Raça

Aparência Geral

 

O cane corso é um cão molosso de tamanho médio para grande, que está de perto relacionado com o Mastim Napolitano e o Cane da presa meridional, outras duas raças italianas.

É robusto, vigoroso e elegante com músculos esguios e poderosos.

Tamanho

 

Segundo o padrão oficial da raça pela FCI (Fédération Cynologique Internationale) e sua filial no Brasil (CBKC), os machos devem ter idealmente entre 64-68 cm à altura da cernelha e as fêmeas entre 60-64 cm, ambos com tolerância de 2 cm para mais ou para menos. O peso deve ser proporcional ao tamanho destes cães, variando entre 45 e 50 kg para os machos, e entre 40 e 45 kg para as fêmeas. O aspecto geral deve transparecer potência e equilíbrio com capacidade atlética.

Cabeça

A cabeça é larga e tipicamente molossóide.O crânio é largo ao nível dos arcos zigomáticos. O stop é bem definido. O nariz é sempre preto. O focinho é forte e quadrado, mais curto que o crânio, aproximadamente de proporção 2:1.Os maxilares são largos com leve prognatismo inferior, que não deve superar 5 milímetros.

Olhos

Os olhos são de tamanho médio. Os olhos bem escuros são preferidos, no entanto, a cor dos olhos tende a ser semelhante a cor do pelo.

Trufas

Não há qualquer discussão possível sobre este tema pois o padrão é claro: a trufa é preta!
Há alguns criadores italianos que vêm lutando junto à ENCI para incuir a trufa “ardósia” para os cães cinza. Essa cor entretanto não foi aceita até o momento, portanto, irremediavelmente, coloca o animal sob a condição de grave penalização seja qual for a cor de sua pelagem.

Orelhas e Caudas

Hoje, as atualizações realizadas no padrão oficial da raça pedem cães com orelhas e cauda naturais.

Porém, historicamente as orelhas são cortadas curtas em triângulos equiláteros que ficam eretos, contudo, como a conchectomia (corte de orelhas) já não é permitida em muitos países, o Cane Corso com orelhas naturais está a tornar-se mais comum.

A cauda do Cane Corso é tradicionalmente cortada, razoavelmente comprida, na 4ª vértebra. Mas com as alterações nas tendências de cirurgias estéticas para cães, muitos Cane Corsos têm agora as caudas naturais.

Com a proibição do corte de orelhas e de cauda no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, alguns criadores brasileiros optam por levar seus cães para realizar o procedimento em outros países próximos, como a Argentina.

As orelhas não-cortadas devem ser de tamanho médio, triangulares e pendentes. A cauda íntegra é de inserção relativamente alta, muito grossa na raiz. Em movimento, a cauda é portada alta, mas nunca ereta ou enrolada.

Cores

Graças à seleção, todas as raças caninas apresentam uma certa gama de cores para a sua pelagem, e a seleção dessas cores foi realizada por razões distintas. Na maioria dos casos, foram excluídas do padrão da raça as cores que podem ser associadas com anormalidades físicas ou que poderiam ser o resultado de cruzamentos alheios à raça, recentes ou no passado. Cada raça sempre tem a sua própria gama de cores especificada no padrão da raça, de modo a permitir que os árbitros conduzam de forma adequada e criteriosa a seleção que deve ser feita nas pistas de exposição.


Da mesma forma que nós árbitros devemos buscar as cores determinadas pelo padrão da raça quando julgamos um exemplar, as cores excluídas ou não aceitas pelo padrão, devem levar à desqualificação dos exemplares que as mostram, pois é possível suspeitar, como vimos, de enfermidades congênitas ou de uma ascendência bastante comprometida com cruzamentos interaciais inadequados à raça. Entretanto, essa desqualificação deve ocorrer especialmente
para evitar uma posterior transmissão à sua descendência, de características fenotípicas indesejáveis.


O padrão adotado pela FCI para a raça Cane Corso Italiano, é o padrão adotado pela ENCI Ente Nazionale della Cinofilia Italiana, baseado pelo escrito pelo Dr. Antonio Morsiani em 1986, um dos pilares da raça e grande cinófilo:


"Cor: preto, cinza-chumbo, ardósia, cinza claro, fulvo claro, cervo, fulvo escuro, tigrado (listras em diferentes tons de fulvo ou cinza ). Nos exemplares fulvos e tigrados está presente uma máscara preta ou cinza, cuja extensão é limitada ao focinho e não deve ultrapassar a linha dos olhos. Permitida uma pequena mancha branca no peito, na ponta dos dedos dos pés e na cana nasal."

Negro

 

Classificam-se nesta cor apenas os exemplares completamente negros, sendo permitida apenas uma pequena mancha branca no peito, nas pontas dos dedos dos pés e na cana nasal. Se em seu corpo o cão apresenta um ou mais pelos amarelados, este cão não é geneticamente preto, e deve ser penalizado (não necessariamente desqualificado) na proporção do problema. A cor preta é determinada por uma combinação genética. Cães negros têm sempre lábios, nariz e pálpebras bem pigmentados de negro, além de possivelmente, o palato e as almofadas plantares também negros.

Cinza

 

Os tons de cinza determinados no padrão: cinza-chumbo, cinza ardósia, cinza claro, são geneticamente uma única cor, ou seja, cinza de diferentes graus de intensidade. A cor cinza é essencialmente um negro diluído e determinada a presença de uma determinada combinação genética.

 

A presença dessa combinação genética só dilui a cor da pelagem do preto ao cinza sendo que a trufa deve ser necessariamente negra. Sobre a pigmentação dos lábios, nariz e pálpebras o padrão atual é vago, mas o padrão original do Dr. Morsiani indica claramente: “Il pigmento delle mucose e delle sclerose è nero, quello di suole e unghie deve essere scuro”. Assim, e de acordo com a maioria dos juízes italianos, a pigmentação dos lábios, nariz e pálpebras deve ser negra, juntamente com a almofada plantar e unhas: “Buona pigmentazione anche ai cuscinetti plantari e digitali”.

cores_preto_cinza.jpg

Fulvo com Máscara

A cor fulvo (cor de cervo) na raça Cane Corso capta nossa imaginação por suas muitas variáveis:
fulvo claro, fulvo, fulvo escuro e todas as tonalidades intermediárias. As cores fulvo indicadas no padrão são determinadas por uma combinação genética e a intensidade da cor depende da ação dessa combinação. Todos os exemplares fulvos independentemente de sua tonalidade, obrigatoriamente devem ter máscara que pode ser negra ou cinza. A falta da máscara caracteriza uma cor não aceita pelo padrão o que é uma falta desqualificante.

Curiosidade: o fulvo com máscara cinza, na Itália é chamado de “Frumentino”, ou seja, cor de trigo.


A cor da pelagem deve ser limpa e uniforme mas alguns exemplares apresentam um sombreamento excessivo (manto escuro) e isso é indesejável. Isso acontece porque um determinado homozigoto dá a possibilidade para que a cor fulvo se manifeste, e a presença de outro componente genético por sua vez, caracteriza a cor do pelo fulvo com a ponta mais escura. A intensidade começa desde uma ação ampla e profunda (visível como um sombreamento sobre o manto) até uma ação muito leve, mínima, quase invisível ao olho humano. Do ponto de vista dos genes que contém, os dois cães são idênticos, mas os exemplares com pelo sombreado não estão em conformidade com o padrão e devem ser penalizados na tentativa de reduzir os riscos de futuras gerações.


É também bastante importante que fique claro que um exemplar fulvo sem máscara apresenta uma falta muito mais grave do que um exemplar sombreado, pois este ultimo geneticamente, ainda é um fulvo com uma mascara e, portanto, aprovado entre as cores permitidas pelo padrão, embora com a falta grave do sombreamento no pêlo.

Como vimos, todos os exemplares fulvos devem ter uma máscara que não exceda a linha dos olhos. Dependendo da cor da máscara, podemos dividir o grupo fulvo em dois subgrupos: fulvo com máscara negra e fulvo com máscara cinza.


a) Fulvo com Máscara Negra: São todos os exemplares de cor fulvo, em qualquer intensidade, com uma máscara negra e com os lábios, pálpebras e nariz bem pigmentados de negro.

b) Fulvo com Máscara Cinza: Eles são todos os exemplares de qualquer intensidade de corfulvo, com uma máscara cinza no focinho. Estes terão lábios, pálpebras e trufa cinza.

Importante: um exemplar fulvo sem máscara trata-se de cor não aceita pelo padrão e deve ser desqualificado.

Tigrado

 

A cor tigrado é determinada pela presença de um fenótipo que se manifesta com listras pretas ou cinzentas sobre a pelagem, que é um fundo castanho. A forma, a largura, a frequência e a localização das faixas depende da ação de vários genes modificadores. Todos os cães tigrados devem ter uma máscara na face, relacionada à cor da lista: preta ou cinza. O grupo de cores tigrado pode ser dividido em dois subgrupos: tigrado e tigrado cinza. É irrelevante a intensidade, quantidade e localização das listras e apenas algumas faixas mínimas de cor apareçam em cães muito jovens.


a) TIGRADO: (ou tigrado fulvo) são todos os exemplares com listras pretas de larguras diferentes sobre fundo fulvo de intensidades diferentes: a partir de algumas listras negras finas em cães quase inteiramente fulvos lisos, até a exemplares quase totalmente negros, com listras simples e bem separadas (cor chamada de tigrado preto).

Todos os cães tigrados têm uma máscara negra no focinho e os lábios, pálpebras e trufa são bem pigmentadas de negro.

b) TIGRADO Cinza: A presença de uma combinação genética enfraquece o preto e faz com que pareça cinza. Os cães desta cor têm listras de larguras diferentes de cinza sobre um fundo castanho ou cinza de qualquer intensidade (de claro a escuro).

 

Eles possuem uma máscara cinza no focinho mas os lábios, pálpebras e trufa são pigmentadas de preto.

CORES NÃO ACEITAS

 

TAN: (marcas castanhas)

A cor Tan é caracterizada pela presença de marcas na cor castanho em algumas partes do corpo, precisamente: nas pernas, peito, focinho e bochechas, como o "black and tan" dos Dobermanns ou Rottweilers, por exemplo. As marcas têm uma forma precisa e formam um padrão distinto de cor castanho, com intensidade variável. As marcas Tan podem ocorrer em qualquer exemplar de cor fenotipicamente homogênea, como o Preto & Castanho ou Cinza & Castanho, segundo seus componentes genéticos.


As marcas Tan, ou castanho, aparecem de duas formas: lisas e bem definidas ou tigradas.
Qualquer marca Tan num Cane Corso faz com que esse exemplar seja desqualificado.

CORES NÃO ACEITAS


MARRON:

Determinada pela presença no genótipo do cão de uma combinação genética especial, que define a síntese eumelanina marron no corpo. Os lábios, pálpebras e nariz destes cães são pigmentados de marron. A cor marrom, assim como as demais, pode aparecer em ampla gama de tons, inclusive o que alguns chamam de “chocolate”. Seja qual for sua tonalidade, deve ser desqualificada sem hesitação.

ISABELLA: Isabella é uma cor rosa-cremado com tons de azul ou chocolate. Os cães desta cor têm os lábios, pálpebras e nariz pintado de rosa, ou de outras cores. Seja qual for sua tonalidade, deve ser sempre desqualificada.

FULVOS E TIGRADOS SEM MÁSCARA: Conforme vimos antes na seção sobre os fulvos e tigrados, a falta de máscara preta ou cinza nestas variedades, desqualifica.

bottom of page